Estou lendo o último livro de Eckhart Tolle "Despertar de uma nova consciência" e hoje de manhã tive uma quase experiência que me lembrou deste post seu.
Lendo Eckhart, por um momento quase deconstrui a estrutura do pensamento/eu e por um momento me senti no limiar de "algo". O que senti imediatamente foi um grande terror, o que naturamente, é uma reação do meu eu que sente o seu premente aniquilamento. Imediatamente ele retoma suas estruturas e dá um jeito de se manter "sólido". É interessante falar do própio eu como se fosse outra entidade, pois se trata de nós mesmos. Estruturas que criamos e nos acostumamos a se identificar com as mesmas.
O motivo que me lembrei deste seu post foi porque nele você diz: "... e eu constato estou pensando concretamente...". A entidade que "constata", conforme explica Eckhart, que está pensando concretamente é seu Verdadeiro Ser. A entidade que se dá conta que há uma estrutura em funcionamento que se chama "pensar". A entidade ou ser que observa o pensamento é nossa verdadeira essência ou consciência. É a mesma que esta ativa quando se tem um sonho lúcido, como no filme "A Origem".
A luta de alguns monges e anacoretas, sejam budistas ou indianos ou outras linhas como o zen, é de "estar conscio" do processo do pensar e compreender sua estrutura, afim de desmontá-la.
O eu/ego é a doença que fragmenta o mundo e isola as pessoas, criando o individualismo que cria os países e as divisões e as necessidades e desejos de acúmulo e apego pela matéria. Nos afastando da verdadeira e sagrada religiosidade que é a consciência de tudo ligado a tudo e ao Todo.
A armadilha é que o eu, não querendo sua aniquilação, reconstroi sua prisão de momento a momento através do processo do pensar e movimentação do conteúdo da memória/história pessoal, numa constante auto-afirmação de existir como indivíduo. O que o eu não sabe (o que nós mesmos não sabemos ou queremos saber, rs) é que na auto-aniquilação está a bem-aventurança, o fim da sensação de isolamento, o "Reino dos Céus", a Verdade que nos fará livres, prometida por Jesus.
Olá Carlão.
ResponderExcluirEstou lendo o último livro de Eckhart Tolle "Despertar de uma nova consciência" e hoje de manhã tive uma quase experiência que me lembrou deste post seu.
Lendo Eckhart, por um momento quase deconstrui a estrutura do pensamento/eu e por um momento me senti no limiar de "algo". O que senti imediatamente foi um grande terror, o que naturamente, é uma reação do meu eu que sente o seu premente aniquilamento. Imediatamente ele retoma suas estruturas e dá um jeito de se manter "sólido". É interessante falar do própio eu como se fosse outra entidade, pois se trata de nós mesmos. Estruturas que criamos e nos acostumamos a se identificar com as mesmas.
O motivo que me lembrei deste seu post foi porque nele você diz: "... e eu constato estou pensando concretamente...". A entidade que "constata", conforme explica Eckhart, que está pensando concretamente é seu Verdadeiro Ser. A entidade que se dá conta que há uma estrutura em funcionamento que se chama "pensar". A entidade ou ser que observa o pensamento é nossa verdadeira essência ou consciência. É a mesma que esta ativa quando se tem um sonho lúcido, como no filme "A Origem".
A luta de alguns monges e anacoretas, sejam budistas ou indianos ou outras linhas como o zen, é de "estar conscio" do processo do pensar e compreender sua estrutura, afim de desmontá-la.
O eu/ego é a doença que fragmenta o mundo e isola as pessoas, criando o individualismo que cria os países e as divisões e as necessidades e desejos de acúmulo e apego pela matéria. Nos afastando da verdadeira e sagrada religiosidade que é a consciência de tudo ligado a tudo e ao Todo.
A armadilha é que o eu, não querendo sua aniquilação, reconstroi sua prisão de momento a momento através do processo do pensar e movimentação do conteúdo da memória/história pessoal, numa constante auto-afirmação de existir como indivíduo. O que o eu não sabe (o que nós mesmos não sabemos ou queremos saber, rs) é que na auto-aniquilação está a bem-aventurança, o fim da sensação de isolamento, o "Reino dos Céus", a Verdade que nos fará livres, prometida por Jesus.
Achei oportuno compartilhar estas reflexões.
abs.