sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
POR QUE SOU UM BUFÃO
É que neste tempo, a vida tem me dado o papel do Questionador-Sem-Fim, que sendo um bobo provoca o riso nos seus pares. É função que não posso renegar, pelo menos, não antes de admitir tê-la desempenhado satisfatoriamente. Entre pulos e caretas, as nuanças da realidade que não poderia dizer sem ser digno de decapitação. Deleito-me com o riso. Mas amanhã sou designado para o Sábio, ou o Mendigo, ou o Rei, ou a Princesa, sendo ainda o mesmo sujeito de cara lavada e indefinida por baixo da máscara. Nesse palco sem plateia, cada ator é também espectador. Se é uma comédia, que seja produzida e rida simultaneamente. O riso a alimenta e a peça toma seu rumo. Dos personagens que assumo ou que vou assumir? é só enquanto a vida não me tira do seu grande espetáculo.
Postado por
Carlos Almeida
às
13:48
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Certo sábio dizia que a vida é louca, e as pessoas são loucas. E já que é assim, não importa realmente os papéis que assumimos, conscientes de que são apenas papéis. Chamou isto de "loucura controlada". Estar ciente que sua vida é a de um personagem fugaz, e mesmo assim, ser você mesmo. Se estou numa festa, é para rir e se divertir. Se estou no trabalho, é para trabalhar. Se estou em meio à natureza, é para Ser. Acerca disto, a natureza é aquilo que parece ser o mais real que existe. O resto todo foi criado por nós. Então, para ver Deus, até numa brisa que me refresca eu vejo. Ontem o ví no entardecer, ele estava escondido no tom rubro das nuvens, no horizonte... naquele frescor do fim de uma tarde de verão...
ResponderExcluirNão sei se leu Álvaro de Campos.. o sangue dele parece correr em suas veias..rs. Excelente!
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