Antes mesmo dessa questão tão aguda, Ser Inquieto, eu me ponho a pensar se este planeta não teria capacidade para prover vida a muito mais pessoas, talvez uns 10 bilhões, caso pudéssemos diminuir o nosso nível altíssimo de consumo e usufruto dos 'recursos' aqui existentes. E podemos! É inteiramente possível! Na verdade, tão possível quanto o controle de natalidade. Está claro que a "limpeza das sobras" é a alternativa mais triste e dolorosa, algo totalmente desumano. Mas o curioso e trágico é que se não fazemos uma coisa, automaticamente executamos a outra. E pensar que somos os únicos seres vivos no universo (até onde sabemos) capazes de regular a própria descendência...
Percebo que nossas ideias de conduta já não são mais aquelas que permitam um autocontrole sereno, como no começo do século. Hoje, observamos a aparição de tipos sociais marcados pela exigência e satisfação irrestrita imediata. Além disso aceitamos tudo,por pura obsolescência programada. Já dizia Marina Colasanti - A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
Engraçado que o crescimento da população parece ser efeito do aumento da aparente qualidade de vida, por um lado, em países de primeiro mundo, que podem sustentar famílias maiores. Em contraste, em paises com mais pobres, o livre copular sem responsabilidade leva também a geração de uma alta prole.
Parece evidente que há alguma espécie de desequilíbrio.
Enquanto houver recursos disponíveis, continuará a livre procriação, até que haja uma crise mundial de fome ou falta de recursos ou mesmo falta de espaço e o ser humano caia em sí e algo seja feito. Ou não caia em sí e caminheremos para a extinção, num cenário horripilante que provavelmente envolverá canibalismo da própia espécie como única fonte restante de alimento.
Prefiro acreditar na primeira hipótese e crer que o ser humano, em tempos de muita crise, é capaz de se unir e pensar em soluções criativas para os males que nos afligem.
E não precisamos esperar a crise, como sempre a mudança começa por nós mesmos no nosso diário agir para com o próximo, o planeta e os recursos.
qual o menos mal: controle de natalidade ou limpeza das sobras?
ResponderExcluirAntes mesmo dessa questão tão aguda, Ser Inquieto, eu me ponho a pensar se este planeta não teria capacidade para prover vida a muito mais pessoas, talvez uns 10 bilhões, caso pudéssemos diminuir o nosso nível altíssimo de consumo e usufruto dos 'recursos' aqui existentes. E podemos! É inteiramente possível! Na verdade, tão possível quanto o controle de natalidade. Está claro que a "limpeza das sobras" é a alternativa mais triste e dolorosa, algo totalmente desumano. Mas o curioso e trágico é que se não fazemos uma coisa, automaticamente executamos a outra.
ResponderExcluirE pensar que somos os únicos seres vivos no universo (até onde sabemos) capazes de regular a própria descendência...
Percebo que nossas ideias de conduta já não são mais aquelas que permitam um autocontrole sereno, como no começo do século.
ResponderExcluirHoje, observamos a aparição de tipos sociais marcados pela exigência e satisfação irrestrita imediata. Além disso aceitamos tudo,por pura obsolescência programada.
Já dizia Marina Colasanti - A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
Engraçado que o crescimento da população parece ser efeito do aumento da aparente qualidade de vida, por um lado, em países de primeiro mundo, que podem sustentar famílias maiores. Em contraste, em paises com mais pobres, o livre copular sem responsabilidade leva também a geração de uma alta prole.
ResponderExcluirParece evidente que há alguma espécie de desequilíbrio.
Enquanto houver recursos disponíveis, continuará a livre procriação, até que haja uma crise mundial de fome ou falta de recursos ou mesmo falta de espaço e o ser humano caia em sí e algo seja feito. Ou não caia em sí e caminheremos para a extinção, num cenário horripilante que provavelmente envolverá canibalismo da própia espécie como única fonte restante de alimento.
Prefiro acreditar na primeira hipótese e crer que o ser humano, em tempos de muita crise, é capaz de se unir e pensar em soluções criativas para os males que nos afligem.
E não precisamos esperar a crise, como sempre a mudança começa por nós mesmos no nosso diário agir para com o próximo, o planeta e os recursos.
Valeu, Marcelão.. sempre um comentário bastante pertinente, reflexivo e profundo.. sem abrir mão da linguagem simples e acessível.. Admiro-o..rs.
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